Dra. Amanda Salvo

Insuficiência Cardíaca – o famoso “coração inchado”

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Popularmente conhecida como “coração inchado” ou “coração grande”, a insuficiência cardíaca é uma condição muito prevalente na população. Isso porque a insuficiência cardíca é o estágio final de todas as doenças que acometem o coração. Assim, portadores de “pressão alta”, quem já infartou ou quem tem alguma alteração nas valvas cardíacas, podem desenvolver insuficiência cardíaca ao longo da vida.

E o que significa exatamente ter insuficiência cardíaca? Significa que o coração desenvolveu alguma dificuldade para exercer suas duas principais funções: 1) relaxar, para receber o volume de sangue proveniente de todo corpo; 2) contrair, para bombear o volume de sangue que recebeu para todo o corpo. Pacientes com Insuficiencia Cardiaca podem apresentar disfunção apenas no relaxamento, apenas na contração ou nas duas etapas da função cardíaca.

O principal sintoma da Insuficiência Cardíaca é o surgimento de cansaço para realizar esforços ou atividades do dia a dia. Além disso, os pacientes podem sentir falta de ar ao permanecerem deitados, muitas vezes necessitando se levantar no meio da noite ou usar vários travesseiros para conseguir dormir. O inchaço nas pernas também pode ser sinal de insuficiência cardíaca, como pode ser causado por outras condições, por exemplo, insuficiência venosa(“varizes”).

Diante desses sinais somados a achados compatíveis durante o exame físico, o diagnóstico pode ser confirmado através do Ecodopplercardiograma. Este exame é capaz de nos mostrar o tamanho do coração, a espessura de suas paredes, presença de infartos prévios, bem como se o relaxamento e/ou a contração cardíaca estão alterados.

Feito o diagnóstico, iniciamos o tratamento, que passa por medidas não farmacológicas, como perder peso e cessar o tabagismo, a uma gama de medicamentos amplamente estudados e com evidencias centificas comprovando sua eficácia em melhorar a função cardíaca e reduzir os riscos de morte pela doença.

A insuficiência cardíaca é uma doença potencialmente grave, e atualmente é responsável por um grande número de internações e óbitos. O diagnóstico precoce, o acompanhamento médico regular e a adesão ao tratamento proposto são medidas essenciais para reduzir a morbimortalidade pela doença, melhorando a qualidade de vida e aumentando a expectativa de vida do paciente portador de Insuficiência Cardiaca.